O automobilismo teve uma perda dolorosa no último domingo (3). O piloto Gustavo Sondermann, 29 anos, sofreu um grave acidente em São Paulo – no autódromo de Interlagos.
Gustavo disputava a Copa Montana – categoria de acesso à Stock Car. Na conhecida curva do café bateu no carro de Pedro Boesel e foi atingido mais 3 vezes.
Fora diagnosticado um trama crânio-encefálico. O piloto sofreu uma parada respiratória e foi reanimado ainda na pista. Conduzido de helicóptero para o Hospital São Luís chegou com quadro instável, mas sofreu complicações e faleceu.
Confira o boletim médico:
"O Hospital São Luiz informa que o piloto Gustavo Sondermann deu entrada na Unidade Morumbi às 14h25 de 03 de abril, após acidente durante prova automobilística, realizada neste domingo no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
O paciente foi transportado para o Hospital São Luiz Unidade Morumbi imediatamente após ser reanimado em pista e receber atendimento médico do próprio hospital no Centro Médico do Autódromo.
Atendido inicialmente pela equipe de emergência do pronto-socorro da Unidade Morumbi, Sondermann foi transferido para a UTI. No momento da entrada estava em coma (escala de Glasgow 3), respirando com auxílio de aparelhos.
Após exames clínico, neurológico, funcional e de imagem, foi constatado traumatismo craniano grave, hemorragia cerebral difusa e fratura da primeira vértebra cervical. Frente às lesões apresentadas, foi concluído pela equipe médica que não havia indicação para tratamento cirúrgico.
O quadro neurológico é considerado irreversível."
No mesmo local foram registrados 5 acidentes. O mais recente, em 2007, vitimou Rafael Sperafico, companheiro de Gustavo. Hoje discute-se como evitar outras mortes no autódromo.
Em tom solicito e emocionado, Galvão Bueno pede:
‘Alguém em caráter de urgência tem que tomar uma decisão. A CBA tem que exigir mudanças. A prefeitura de São Paulo, proprietária do circuito, tem que viabilizar as mudanças. Uma área de escape tem que ser criada ali, como recentemente foi criada no "Laranjinha", sob o risco de chorarmos novos Speraficos e Sondermanns... Quem pede é um profissional que há 37 anos trabalha em corridas de automóveis e que ama o automobilismo. Quem pede, em última instância, é um pai que cedo vibrou com a vitória de um filho e os pontos importantes de outro na Stock Car e que mais tarde chorou junto com os Sondermann, que perderam o filho...’
Rota de fuga é a solução? Será que os pilotos poderiam estar mais protegido? Comente!
Um comentário:
É interessante a tecnologia desenvolvida nestes esportes, e ainda assim observarmos notícias tristes.
Será que não há meios de proteger os pilotos? Esses desastres são recorrentes...porque continuar correndo nestas pistas?
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